quarta-feira, 23 de maio de 2012

DIAS DE TROVÃO


Narrando o caminho de volta para casa,
cada passo uma palavra,
Tempos de aflição em dias de trovão.
Inspiração ou frustração?
Só mais um que vai em vão,
Ficamos na mão e assim criamos um novo bordão,
gerado pelo desgaste em dias de canção,
Dias de trovão!

Espaço que se abre para uma esquisita solidão
e talvez, mais uma canção que nasce em vão.
A mente que acendia o coração,
mergulha na incansável ilusão.

Aprovação ou redenção?
Só uma questão do caos da progressão.

Devorado em meio a multidão,
ele estende a mão.
Homem de vermelho
repara o medo alheio
e muda a direção.


Ainda é terça,
e por mais duas manhãs

chegamos à sexta.
Por agora, tudo é escuro,
a tinta é fresca.

O dia claro ficou cinza
e a sexta me lembra aquela canção,

Hora de citar o velho refrão
programado e criado
para ser falado
em dias de trovão.


Em meio à sujeira de cada esquina,
o corpo dispara uma enorme sensação.
Enquanto eu gasto a sola da botina,
na calada da matina,
em kilometros de distração.

No caminho para casa,
à 1:40 da madrugada,
cabeça baixa, visão no chão,
avisto um pedaço de papelão,
que rapidamente, sem explicação,
se transforma em um grande coração.

Coração de papelão,
em dias de trovão,

me faz lembrar com muita emoção,
uma tarde de carinho e toda sua atenção.

Pela frente, muito chão.
Na mão, o papelão,
que transformo em coração,
pois sei que logo mais,
minutos de emoção,
darão espaço à mais um dia de trovão.


Na melhor da inteção,
está pregado em seu portão,
sua motivação,
um pedaço de papelão,
que lembra um coração,
e sempre estará contigo,
em dias de trovão.

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