segunda-feira, 14 de maio de 2012
O cara da parede
Nos tempos das bolas quadradas,
O vento nas roupas lavadas,
os tratores nas ruas asfaltadas,
As brincadeiras das crianças descalças.
A semana demorava,
a hora na escola se arrastava,
Sabado de sol, domingo futebol.
Me lembro como se fosse hoje,
Aquele cara que sempre me agradava,
as novidades que ele inventava,
as festas e o som para a molecada,
a zoeira e as besterias no quintal de casa,
E os caras da outra rua assistindo tudo da calçada.
As havainas entre os dedos da mão,
Os pés descalços no chão,
A camiseta amarrada na cabeça,
como a mascara de um ninja,
Albuns e figurinhas coladas com cola feita de farinha.
A garotada nem aí para apanhar,
Confusões e risadas sem parar,
Contras no campinho,
Zoando o Tiãozinho,
vamos aventurar.
Me lembro do Parque de São Miguel,
Da chicara que rodava,
Do espetacular trem fantasma,
Tempos que ficaram guardados na lembranças,
Dos dias que crianças eram crianças,
Quando o mundo era melhor la fora,
De quando tínhamos a impressão de que nossos pais jamais iriam embora,
Me lembro daquele ponto em frente a igreja,
Me lembro que aquele cara da parede era da hora.
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